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30/06/2007



BALÃO PRETO


Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse. Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões. Havia ali perto um menino negro que estava observando o vendedor e, é claro, apreciando os balões. Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e, finalmente, um branco. Todos foram subindo até sumirem de vista. O menino, de olhar atento, seguia a cada um. Ficava imaginando mil coisas... Uma coisa o aborrecia: o homem não soltava o balão preto. Então, aproximou-se do vendedor e perguntou-lhe:
- Moço, se o senhor soltasse o balão preto ele subiria tanto quanto os outros?
O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava nos ares, disse-lhe:
- Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.


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